quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O Desenvolvimento Sustentável e seu Aspecto Moral.

A miséria e a consequente luta desesperada pela sobrevivência degrada tanto o meio ambiente quanto o luxo e a riqueza dos povos desenvolvidos. Ambos os extremos são perniciosos. Portanto, é necessário que se compreenda que a questão ambiental é, antes de mais nada, uma questão social. Toda ação que busca a igualdade social de oportunidades, a democracia e a liberdade é uma ação ambientalmente sustentável. Quem encara a dinâmica ambiente tal apenas como uma questão técnica, comete um erro irreparável.

O mercado tem uma lógica própria, que não é a lógica do desenvolvimento equilibrado. O capital sempre avança sobre o mundo natural. Essa é uma regra. Ao implementá-la, o mercado quebra a lógica ambiental, pois não leva em conta a finitude dos recursos naturais, a capacidade suporte da localidade, o equilíbrio milenar das cadeias alimentares envolvidas, a fragilidade dos componentes vitais dos ecossistemas e outras leis naturais.

Estamos diante da seguinte equação: como crescer sem destruir? Como compatibilizar crescimento econômico e equilíbrio ambiental? Essa é a equação que se coloca para a humanidade. Como a humanidade pode crescer poupando os sistemas ambientais? Não só preservar, mas também melhorar o que ao longo da humanidade se destruiu?

A economia é uma invenção humana; o homem é uma invenção da natureza. Mais que isso: o ser humano é a parte pensante da natureza. Assim, é sua a opção de conservar ou degradar; deixar viver ou retirar a vida; manter ou extinguir uma espécie. Ele é o único dentre as espécies que pode optar em destruir uma floresta ou desfrutar dela mantendo-a em pé. Dessa forma, a sustentabilidade é, antes de mais nada, uma opção: cresceremos destruindo ou preservando?

Por ser opção, o desenvolvimento sustentável é uma questão absolutamente moral. A política ambiental do Governo do Estado do Paraná tem uma clara opção moral: pela vida e pela ética que reafirma a importância capital de todos os seres que habitam a Terra.


Fonte: http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=651
Instituto Ambiental do Paraná - 24/10/2013


Observações: Assim como em Sócrates e Aristóteles, a preocupação com a formação Ética e com a preparação para a cidadania foram temas recorrentes, atualmente, trata-se de se perguntar como formar o homem para que ele se torne um cidadão, um membro da coletividade que possa tomar para si as responsabilidades de convivência com o outro e com a coletividade e conduzir-se de acordo com eles.





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