Consciência-de-si e o Desenvolvimento Sustentável
A definição mais aceita para
desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades
da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento
econômico e a conservação ambiental.
Para uma análise filosófica a respeito
do tema, o capitulo IV, de fenomenologia do espírito (1807) Independência e
Dependência da consciência-de-si de Hegel.
Com a revolução industrial os meios de
produção se modernizarão com tamanha velocidade que junto à obsolência de
produtos e serviços acompanharam a grande oferta de produtos cada vez mais
sofisticados atrelando uma vida de consumismo. Esse tipo de comportamento do
consumidor cada vez mais afeta diretamente os recursos naturais que o planeta
tem a oferecer degradando esses recurso e extinguindo espécimes,
“A consciência-de-si
é em si e para si quando e porque é em si e para si para uma Outra; quer dizer,
só é como algo reconhecido. O conceito dessa sua unidade em sua duplicação,
[ou] da infinitude que se realiza na consciência-de-si, é um entrelaçamento
multilateral e polissêmico. Assim seus momentos devem, de uma parte, ser
mantidos rigorosamente separados, e de outra parte, nessa diferença, devem ser
tomados ao mesmo tempo como não-diferentes, ou seja, devem sempre ser tomados e
reconhecidos em sua significação oposta.” Hegel – (1807)
A consciência-de-si segundo Hegel é de
enorme importância para o despertar a respeito consumo sustentável, mundial que se estabelece no momento atual.
Para alcançarmos um desenvolvimento social sustentável, devemos partir para uma
avaliação pessoal de nossos atos, comportamentos e ações sejam elas as mais
simples. Pois justamente a consciência-de-si muitas vezes é a omissão das
ações e reações que podemos causar a outros e ao ambiente em que vivemos de uma
forma negativa.
Assim para um desenvolvimento
sustentável é necessário estabelecer parâmetros entre as gerações da humanidade
criando um convívio harmonioso entre o ambiente em que vivemos,
estabelecendo uma consciência de interdependência como Hegel estabelece na
dialética do Senhor e o Escravo:
“O senhor também se
relaciona mediatamente por meio do escravo com a coisa; o escravo, enquanto
consciência-de-si em geral, se relaciona também negativamente com a coisa, e a
suprassume. Porém, ao mesmo tempo, a coisa é independente para ele, que não
pode portanto, através o seu negar, acabar com ela até a aniquilação; ou seja,
o escravo somente a trabalha. Ao contrário, para o senhor, através dessa
mediação, a relação imediata vem a ser como a pura negação da coisa, ou como
gozo - o qual lhe consegue o que o desejo não conseguia: acabar com a coisa, e
aquietar-se no gozo. O desejo não o conseguia por causa da independência da
coisa; mas o senhor introduziu o escravo entre ele e a coisa, e assim se
conclui somente com a dependência da coisa, e puramente a goza; enquanto o lado
da independência deixa-o ao escravo, que a trabalha.” Hegel (1807)
Que para a existência de tal relação,
mesmo havendo as diferenças com relação ao ponto de vista, de cada lado deve
estabelecer interesses comuns. Com essa visão a relação entre os indivíduos da
sociedade é a melhor forma para existir uma vida mais confortável para hoje e
para as futuras gerações.
A consciência-de-si é a racionalização das ações e sentimentos e das coisas de cada ser que pode haver no seu eu. Podendo não se importa com o outro ao seu redor; mas que está inteiramente ligado as coisas e as pessoas.
O mínimo impacto dessa individualização como papel para um desenvolvimento sustentável e muito importante porque parte da pressima que toda ação de um indivíduo vai afetar o cotidiano de outra e vice versa e a consciência-de-si é colocar em prática nos dias de hoje que cada cidadão precisa do outro mesmo que indiretamente e que isso não esteja em sua consciência.
A consciência-de-si é a racionalização das ações e sentimentos e das coisas de cada ser que pode haver no seu eu. Podendo não se importa com o outro ao seu redor; mas que está inteiramente ligado as coisas e as pessoas.
O mínimo impacto dessa individualização como papel para um desenvolvimento sustentável e muito importante porque parte da pressima que toda ação de um indivíduo vai afetar o cotidiano de outra e vice versa e a consciência-de-si é colocar em prática nos dias de hoje que cada cidadão precisa do outro mesmo que indiretamente e que isso não esteja em sua consciência.
Analisando o desenvolvimento
sustentável na visão de Hegel, é importante ressaltar que para uma vida
sustentável a cadeia de consumo nas cidades, todos os cidadãos precisam
uns dos outros e que para a perpetuação de uma melhor qualidade de vida; a
reciclagem, os catadores as cooperativas são tão importantes para as cidades
assim como o Senhor é importante para o Escravo e este para o Senhor.
Por: Higo Pissinati Soares
Referência: G.W.F Hegel, Fenomenologia do Espiríto - parte 1. trad. Paulo Menezes, 2ª ed. - vozes, Petropolis, 1992 pg 271.
Referência: G.W.F Hegel, Fenomenologia do Espiríto - parte 1. trad. Paulo Menezes, 2ª ed. - vozes, Petropolis, 1992 pg 271.
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