A atualidade exige muitas considerações sobre o que vem acontecendo à humanidade e seu modo de proceder em relação à natureza. Não podemos deixar de lado determinados conceitos que são veiculados, na maioria dos encontros e colóquios, sobre a devastação que assola o planeta. O que somos atualmente e qual a nossa postura neste presente? As respostas são inúmeras e dentre elas podemos, sem dúvida, afirmar que somos ocidentais e que possuímos o discernimento de nos situarmos após o esclarecimento, sendo este compreendido como um tempo, uma época, em que o homem passou a ter atitudes reflexivas. O homem teria saído de sua minoridade passando à autonomia de refletir a partir de seu próprio entendimento. No entanto, qual é a autonomia que o homem possui diante das situações em que assistimos ao desparecimento de mananciais e reservas florestais?

Os gregos queriam saber o seguinte: o que assegura a unidade destes processos? Os mesmos passam por várias fases, no entanto, uma unidade se mantém. No decorrer das considerações destes filósofos, inúmeros modos de pensar foram aparecendo para tentar designar o que mantinha a coesão dos elementos e partes das coisas que apresentavam sinais de mudanças. Algo pode mudar de fases sem deixar de ser algo, portanto uma unidade provavelmente mantém o desenvolvimento dessas mudanças. Ora, estas conclusões aparecem indicando que tudo que é percebido pelos nossos sentidos é imediatamente pensado. No entanto, não é assim que as coisas funcionam quando se trata de pensar filosoficamente; ao falarmos de mundo, não o estamos percebendo em sua totalidade; do mesmo modo, ao falarmos de natureza não a apercebemos também em sua totalidade. Neste sentido, faz-se necessário atentar para a educação através de conceitos. A educação sustentável implica em termos noções filosóficas que remetam diretamente aos conceitos. A filosofia contemporânea é de grande valia por pautar-se em problematizações que envolvem a criação de conceitos sem perder o contato com as criações de funções e agregados sensíveis concernentes aos afazeres científicos e artísticos.
Claro é que a physis para Heráclito é o devir dos opostos. Há um
pouco de não-ser no ser, e vice-versa. Uma vez que aquilo que é, aos
poucos não será e aquilo que será aos poucos não será. Assim, o próprio
devir, a mudança, é a única coisa fixa. “O mesmo é em nós vivo e morto,
desperto e dormindo, novo e velho; pois estes tombados além, são aqudo.eles
e aqueles de novo, tombados além, são estes. (D88)”
A ilusão, a aparência – para Heráclito – é aquilo que é estático –
aquilo que permanece – nada existe permantente, imóvel – a mudança é a
relidade, um devir, mas não um devir caótico, mas sempre ordenado.
Ocorre sempre em medidas, em harmonia culta, uma proporção lógica – o
que vai nascendo vai morrendo.
A educação sustentável requer a compreensão de novos conceitos como diferença, acontecimentos, territórios, temporalidade e outros. Deste modo, as apreciações filosóficas sobre o conceito de desenvolvimento sustentável devem fazer parte de todas as ações que digam respeitos á propagação deste conceito. A postagem deste trabalho é aproximar as discussões filosóficas das referentes à sustentabilidade.
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